Problemas em relação à qualidade de vida no trabalho de professores de escolas públicas têm sido amplamente discutidos no meio científico, com destaque para as particularidades da síndrome de Burnout. O presente estudo teve como objetivo conhecer a vivência de professores que retornavam aos seus postos de trabalho após períodos de afastamento por licenças-saúde. Os depoimentos de seis profissionais foram obtidos em resposta à pergunta disparadora “como é, para você, retornar ao trabalho após um período de afastamento por licença-saúde?” e trabalhados qualitativamente conforme o método de análise de conteúdo. São discutidas as categorias individuais, bem como os elementos gerais recorrentes em todos os discursos que indicam sentimento de desvalorização profissional, reconhecimento da relação entre trabalho e doença, questionamento a respeito da eficácia das licenças, sentimento de culpa e insatisfação com as condições de trabalho e rumos da Educação, em geral.