O distúrbio do processamento auditivo central (DPAC) é mais comum do que se imagina e, na maioria das vezes, diagnosticado equivocadamente como dislexia ou transtorno do déficit de atenção. O problema pode atingir pessoas de qualquer idade e sexo. Porém, é na infância, mais especificamente no período de alfabetização, que o distúrbio precisa ser identificado rápida e assertivamente para não comprometer o aprendizado escolar.
O DPAC é caracterizado por afetar as vias centrais da audição, ou seja, as áreas do cérebro relacionadas às habilidades auditivas responsáveis por um conjunto de processos que vão da detecção à interpretação das informações sonoras. Na maior parte dos casos, o sistema auditivo periférico (tímpano, ossículos, cóclea e nervo auditivo) encontra-se totalmente preservado. A principal consequência do distúrbio está na dificuldade de processamento das informações captadas pelas vias auditivas. Assim, a pessoa ouvirá claramente a fala humana, mas terá dificuldades em interpretar a mensagem recebida.
Algumas características que podem indicar a presença do Distúrbio do Processamento Auditivo:
– dificuldade de atenção;
– agitação excessiva;
– dificuldade para entender ordens e regras;
– fazer confusão ao contar um fato ou estória;
– dificuldades em se expressar oralmente e na escrita;
– dificuldade em entender palavras com duplo sentido;
– trocas de letras na escrita;
– erros gramaticais;
– dificuldades para interpretar o que lê;
– letra feia ( disgrafia).
O FONOAUDIÓLOGO é o profissional que faz o exame que constata, diagnostica e tem a formação para tratar esse problema, oferecendo uma terapia que incentivará a forma correta do sistema nervoso processar as informações que recebe. O tratamento aumenta as habilidades e competências auditivas repercutindo na eficiência da aprendizagem e da comunicação.
Procure sempre um fonoaudiólogo capacitado nessa área de terapia.
FONTE: “Escutação – Treino Auditivo para a Vida”; Gielow, Ingrid, S.P., Thot Editora; aulas no GEPAT Grupo de Estudos do Processamento Auditivo em Terapia; textos incluídos no site www.afinandoocerebro.com.br